Plan 9 from outer space (EUA, 1959)
De Ed Wood
Com Gregory Walcott , Mona McKinnon , Duke Moore , Tom Keene , Carl Anthony, Maila "Vampira" Nurmi, Thor Johnson e Béla Lugosi
P&B
Duração 78'
"Certos filmes são tão ruins que chegam a ser bons". A primeira pessoa que disse esta frase provavelmente acabara de assistir "Plano 9 Do Espaço Sideral", por muitos considerado o pior filme de todos os tempos, o Cidadão Kane dos filmes ruins. Não sei se o caso é para tanto, mas com certeza esta produção de Ed Wood merece um lugar de destaque na história do cinema. O interessante é que Wood tenta dar ao filme um ar imponente, que torna tudo ainda mais engraçado. A própria narração da história é feita em um tom grandioso, como se estivéssemos ouvindo um texto de Shakespeare sendo recitado. No entanto, os diálogos escritos pelo próprio Ed Wood nada têm de grandiosos, sendo, ao contrário, tolos e óbvios. Em certo momento, por exemplo, um detetive diz: “O Inspetor Clay está morto! Foi assassinado! E alguém é responsável por isso!” É impossível não rir. Aliás, a diversão começa já no primeiro diálogo, quando o “adivinho” Criswell, que narra a história, diz: : “Saudações, meus amigos. Todos nós temos interesse no futuro, pois lá é onde eu e você iremos passar o resto de nossas vidas. E lembrem-se, meus amigos, que eventos futuros como estes irão afetá-lo no futuro.” Hilário, não? (O problema é que o filme não era uma comédia.) A direção de Wood é péssima, justificando sua fama. Não que ele não saiba como fazer um enquadramento razoável ou conduzir a história. Seu maior problema é sua completa desatenção para com o que está sendo filmado. Relapso ao extremo, ele não se importa que as cruzes e as lápides falsas do cenário que simula um cemitério caiam, durante a cena, revelando a fraude. Além disso, várias cenas do filme ficam variando entre o dia e a noite, dependendo do ângulo em que são filmadas. E estou mencionado apenas os erros menos grosseiros. Plan 9 From Outer Space possui algumas cenas que se tornaram clássicas, como o momento em que o “dublê” de Bela Lugosi sai de sua cripta com uma capa estendida sobre o rosto e persegue Tor Johnson. A seqüência na qual Eros compara o funcionamento da solobonite com um “rastro de gasolina” também é memorável. De acordo com esta analogia, o Sol é um galão de gasolina, e seus raios, um rastro de combustível que chega à Terra. Aliás, é nesta cena que o alienígena Eros diz: “Um raio de sol é constituído por muitos átomos!” Imperdível.
link para download filme
http://www.megaupload.com/?d=LM36PTW5
link para download legenda
http://www.megaupload.com/?d=DAG7UN80
Nenhum comentário:
Postar um comentário